Série: Desvendando Melismas – Parte 1 de 3
Olá Galera tudo bem ?
Eu sou Iara Negrete….. Uma breve história sobre mim e como cheguei até este Projeto. Qual o intuito com este Método de decifrar Melismas.
Porque é bom desvendar os melismas? Pq você poderá cantar aquele cover que tanto ama, como os artistas, na versão original.
Qual o atrativo deste produto? Desvendar, destrinchar e decifrar o melisma que o artista está usando. Com uma técnica bastante simples, você poderá fazer isso com qualquer música. Mesmo que não vá cantar igual, você descobrirá como foi feito o melisma, quais as notinhas usadas, mesmo que seja por mera curiosidade!
Sim, pra quem não faz isso intuitivamente, existe uma forma de aprender e por isso, o melisma é considerado uma técnica vocal, onde com dedicação e treino, você pode se surpreender. Bora lá!
O Melisma tem muito a ver com agilidade vocal, que muitos conhecem popularmente por “firulas”, “voltinhas”. Não é necessário que haja muitas notas pra se caracterizar um melisma, como muitos imaginam. Você canta uma sílaba (ex: Laaaaa) e muda as notinhas, já se pode considerer um melisma. O melisma também depende do vibrato bem trabalho e é claro, de uma boa afinação, agilidade e até o conhecimento das escalas musicais. Temos que ter muito cuidado com os exageros ok? O melisma se tornou um assunto muito popular entre cantores e estudantes de canto, mas poucos conhecem realmente o que são melismas.
O melisma é uma técnica vocal, onde existe uma variação de notas em uma sílaba cantada e não é necessário haver um grande número de notas, como já foi dito. Estudo e bom senso, são fundamentais pra uma boa execução de Melismas.
Primeiro passo, é escutar artistas que usem esta técnica como Cristina Aguilera, Stevie Wonder, Ed Motta, Beyoncé, Boys II Man, etc…Mariah Carey, faz isso no início da música Hero, por exemplo. Temos artistas nacionais também que utilizam esta técnica, mas ela vem de muito tempo atrás, com o canto gregoriano e os americanos, a utilizam naturalmente, no R&B, gospel, etc O meslima sempre esteve muito presente na música americana.
Quanto ao tempo que se leva, para aprender melismas, é algo muito pessoal, pois sua dedicação e conhecimento musical também contam bastante. Alguns cantores, já tem essa habilidade por terem um ouvido muito bom, conseguindo facilmente escutar e reproduzir com maestria um melisma.
Os melismas podem ser curtos ou longos, de forma mais lenta ou rápida, com motivos ou idéias que são cantadas sobre mudanças de acordes específicos ou harmonia.
Eles se desviam da melodia original da música e esticam uma sílaba sobre uma série de notas improvisadas. Os melismas podem ser um ótimo complemento para o seu vocabulário vocal.
A parte “improvisação” deste conceito tende a ser a parte mais assustadora, uma vez que não são apenas as notas improvisadas, mas a escolha rítmica das notas, sem a devida experiência ou dom natural.
Você também vai notar que cada gênero tem sua própria visão ou toque na definição do melisma. Alguns dos meus favoritos, seguem abaixo e se tiver curiosidade, veja algum vídeo deles.
Whitney Houston, Pop / R & B
Brian McKnight, Pop / R & B
Stevie Wonder, Pop / R & B
Sarah Vaughan, Jazz
Não use os melismas de forma excessiva. Se os melismas de sua escolha estão tirando a qualidade da música, ou melhor ainda, mais enfatizado do que a melodia original ou letra da canção, você está abusando desta técnica.
É importante caminhar passo a passo, buscando estudar uma coisa de cada vez.
Sugiro começar pelas escalas maior e menor, afinação e depois trabalhar seu vibrato e agilidade. Aí sim, os melismas estarão com uma boa base para serem executados. (falar sobre o curso)
Vídeo Prática – Homens
Este Melisma tem 17 notas. Você pode usar o seu piano virtual (gratuito) para conferí-las. Vamos escutar o melisma original, na voz de R. Kelly, com a música Honey Love.
Dividiremos este melisma, em cinco grupos.
1o grupo de notas: E2 G#2
2o grupo de notas: B2 C#3 B2 C#3 B2
3o grupo de notas: E3 D#3
4o grupo de notas: C#3 B2 A2 G#2
5o grupo de notas: F#2 E2 G#2 F#2
Vamos fazer o primeiro bloco, de forma bem lenta, usando o fonema “ta” focando na divisão e som da nota.
Vamos marcar o tempo, estalando os dedos.
Repetiremos algumas vezes o primeiro grupo de notas, sempre na mesma velocidade, inserindo agora o segundo e assim seguiremos até finalizar todos os grupos de notas, tendo assim a sequência completo do melisma.
Uniremos os 5 grupos de notas e aos poucos, vamos aumentando a velocidade, porém ainda com “ta”
Já numa velocidade bem próxima do melisma original, vamos colocar o fonema correto, que cantor utilizou, no caso a vogal “O” (ô acentuado, fechado) exemplo de vogais fechadas e abertas no curso, quando praticamos Articulação.
Pronto, já podemos fazer o melisma. Ficou entendido como ele foi feito, subdividindo em blocos. Faremos mais vezes, colocando a dinâmica ideal, até chegar ao objetivo.
Até breve
Boa sorte e sucesso!
Iara Negrete
(* Lembrando que os exercícios em áudio estão no Final do Vídeo!)
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